terça-feira, 26 de março de 2013

PEDOCRACIA


“PEDOCRACIA”

Em pleno século XXI, nos encontramos em um período em que as famílias estão vivendo sob o “governo das pequenas autoridades”, onde os pais só saem quando a criança quer, assistem aos programas que a criança quer e vão a restaurantes com parquinho, onde enquanto um brinca o outro come e vice versa.  A pedagoga Marcia Neder define esse período como pedocracia.
            Há 50 anos atrás elas tinham vontades, hoje mandam e exigem.
       Há quem considere isso um fator de diminuição do poder paterno/materno, más pelo contrario, nada diminuiu, o que aumentou foi o poder dos filhos nos últimos tempos, onde mesmo sem “birra”, os mesmos tem todas as vontades atendidas.
            Os pequenos de hoje na verdade são fruto de uma geração de pais que já tiveram suas infâncias mais liberais também, e que normalmente buscam se impor com atitudes que não querem que a criança tenha, como dar ordens gritando. Lembrando que somos como um espelho para a criança, e que tudo isso também nos prejudica. A liberdade da criança tira a liberdade dos pais, fazendo a família viver em função desse processo.
            Segundo a escritora Mary Del Priore, foi depois da segunda guerra, onde surgiram as leis de proteção a infância e jovens ganharam visibilidade que começou a ser buscado uma educação mais liberal, deixando de lado aquela criação mais dominadora.
            De certo modo, pode-se considerar um grande avanço o fato das decisões serem tomadas em conjunto (pais e filhos), porem não pode ser confundido com a palavra final, é necessário um equilibro onde não devemos ignorar a opinião da criança lembrando que ela não é capaz de definir o que é melhor para ela.
            Não existe um único culpado, considerando que somos vitimas de uma tendência sócio cultural com influencia da mídia, que acaba por “adultizar” precocemente a criança.
Estabelecer rotinas é uma boa saída, definindo horários para acordar, brincar e dormir, sendo a recompensa pelo cumprimento da mesma nunca coisas materiais, mas sim elogios e carinho. As birras devem ser ignoradas e logo que acalmada (por conta própria) a conversa é a melhor maneira de mostrar o que foi errado, “gritar de volta” só irá gerar mais conflito e estresse.
            A regra não deve vir como um castigo, mas como uma segurança e bem querer para com a criança.
Não realizar o desejo da criança de prontidão não significa ser uma “mãe/pai ruim”, algumas atitudes, como as citadas acima, podem servir como apoio e ajuda a criança a valorizar mais as coisas que tem.


FERNANDA N. ALVES

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